O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi novamente condenado à inelegibilidade por oito anos, desta vez por abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação e gastos ilícitos de recursos durante a campanha de 2024. A decisão foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patino Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, e divulgada nesta segunda-feira (29).
Esta é a segunda condenação de Marçal pelas mesmas práticas. A ação foi movida pelo PSB, partido da deputada federal Tabata Amaral (SP), ex-adversária do empresário no pleito. O PSB acusou Marçal de realizar impulsionamento ilegal de sua candidatura nas redes sociais, prática vedada pela legislação eleitoral.
Além da inelegibilidade, Marçal foi condenado a pagar uma multa de R$ 420 mil pelo descumprimento de uma liminar que ordenava a suspensão de suas atividades no Discord. Segundo o juiz, o empresário manteve as ações proibidas, desrespeitando a determinação judicial.
A Justiça também encaminhou ao Ministério Público Eleitoral a missão de aprofundar investigações sobre um possível crime relacionado ao financiamento de cortes de vídeos em redes sociais.
A deputada Tabata Amaral comemorou a decisão nas redes sociais, destacando que o bom desempenho de Marçal nas eleições estava associado a práticas ilegais. “Enquanto outros se calaram, fomos nós que denunciamos”, afirmou.
Marçal, por sua vez, negou as irregularidades e anunciou que irá recorrer da decisão. “Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter”, declarou.